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ASS: Pescador de Sonhos



quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Nada como uma morte depois da outra

(Esse eh um dos poemas d q eu mais gostei de escrever, espero q vcs gostem de ler ele tambem)

Sou assassino profissional desde os quinze anos de idade
Aprendi, nesta época, a matar sem piedade
Até mesmo sem ter vontade, sem ceder a liberdade,
Ao menos sentir saudade da vida de verdade.

Mato por prazer, mato pelo dinheiro
Doa a quem doer morro e mato o dia inteiro.
Mato do mais certinho até o mais errado
Mato a minha vida desde quando eu mato.

Conheci um matador quem matei por rivalidade.
Conheci um promotor quem matei pela honestidade.
Conheci um padre quem matei pela igualdade.
Conheci o mundo que matei por dignidade.

Matei a morte num dia desses
A alegria, morta por mim.
Sem ter forças mato a mim mesmo
Quando morro por matar assim.

Matei amigos, conversa a fora, meus colegas de antigamente.
Pais, irmãos e filhos, eu matei cruelmente,
Não penso no remorso, nem mesmo em quem eu mato,
Só penso que é assim se não morrer eu mato.

Esta é minha sina, que eu mato constantemente.
Esta é a minha história que piorará daqui para frente
Esta é a preparação do dilema apresentado
Aqui começa minha vida, reflexo do passado:

Matando vidas a fora, encontro minha próxima vítima,
A quem devo matar por ser princesa legítima
Dum reino governado por um tirano sem coração
Daqueles que eu admiro sem ter um pingo de compaixão.

Já dada como morta depois do nascimento
A princesa plebéia foi entregada no mesmo momento
Cidadãos que nem sabiam que ela era da família real
Cuidou da menina, tirando-a do relento da noite de Natal.

(Não sei se por coincidência ou talvez por algo que não acredito
Nesta noite de sonolência conheci o meu instinto
Não sei se no mesmo dia, mas sei que na mesma época,
Aprendi tudo que já disse, matando sem trégua).

Viveu como rainha do mundo dos escravos
Hoje com vinte anos, mesma idade minha, isso é fato.
Coisa que não acontece, eu pensei em quem matava:
Será que mato esta rainha ou morro e me mato?

Após dias de atraso o tirano me chama
Queria saber se mataria aquela dama
Nunca matei mulheres, só homens, feito um carrasco,
Mataria aquela uma, que a paixão me tinha tomado?

Isso mesmo, por que não? Matador tem coração
Apesar de escondido, lá esta ele com certeza
Esperando uma resposta de quem o despreza
Para voltar a funcionar para criar a emoção.

Voltando para o palácio pensei em meu destino
(Coisa fútil que não conheço, só penso em meu caminho)
Se eu matasse a donzela me mataria de verdade
Não como antes que me matava para fugir da sociedade.

Depois dessa pergunta, foi que eu voltei a si
Muitos havia matado, um a mais não faria falta
Mesmo se fosse mulher, mesmo se fosse amada
Afinal sou matador, mato e morro por amor.

Por amor à matança, por amar a carnificina.
Não amor a uma pessoa, e sim ao que eu faria a ela
Sou assassino profissional, morro e mato por prazer
Sou o terror do mundo e mato meu próprio ser.

_ Duvidas da minha palavra? Eu cumpro o que digo
Não sou um rei mimado com medo de uma donzela
E não sou o seu escravo, não lhe devo satisfação
Se quisesse te matava e te usaria como sabão.

Nestas falas tão grotescas o rei recuou, pediu desculpas e ordenou,
Claro a seus subordinados, pois a mim! Ele não seria tão ousado:
_Tragam o ouro para o nosso aliado.
Aquele velhaco já queria me pagar adiantado.

Numa noite escura lá estava ela,
Assimilava a tranqüilidade daquela noite bela
Aquela seria a hora por que não?
Já sei por que por ela tenho paixão.

E descobri mais. Ela, não sei como, me amava,
Segredava às flores no luar que se apaixonou
Por um homem na cidade, onde ela me encontrou
Quando olhava em seus olhos, com um furor que me matou.

Foi amor à primeira vista quase à última,
Pois não a vi mais após aquele dia
Só hoje no dia de sua morte
Adiada pelos nossos sentimentos.

Decidi me matar e conseguir uma nova vida
Não parar de matar, mas sair daquele reino
Já tinha o dinheiro mesmo que para mim não faria falta
Mas não posso perder a vida que para mim foi imposta,

Mas perderia a fama de assassino, por deixar uma vitima sem
[assassinar
Se tratava de respeito que para mim mesmo eu tinha que dar
Se tratava de moral, não de um sentimento banal
Eu teria que para ela explicar.

Descobri onde morava, e fui com ela conversar
Ela teve uma surpresa, o que seu amado estaria fazendo lá?
_ Eu também te amo, mas me deixe explicar,
Por motivos de seu tio, o rei, devo lhe matar.

A moça assustada e sem nada entender, me diz apressada com medo de
[morrer:
_ Se dizes que me ama não faça essa crueldade
Não me mate por uma simples vontade
Se o rei quer que eu morra deixe que ele me mate.

_ Mas como eu já disse não é essa a minha escolha,
Ou te mato agora mesmo ou eu morro na lembrança,
O rei não quer a sua subida ao trono
Ò querida e amada princesa me perdoa.

_ Então me mate agora mesmo, chega de desenganos
Eu pensei que te amava, mas não é esse o homem que eu amo
Um homem matador sem coração ou remorso
Mereço a morte por amar um ser insano.

Faltando-me palavras chorei um rio de lágrimas
Matei a minha amada por causa de um capricho
Um rei sem coração sem espírito vivido
Quem matei por vingança por causa de um amor perdido.

Hoje ainda mato, diferente de antes
Mato pessoas más, daquele dia em diante
Agora não sou assassino, nem matador neste instante
Sou apenas um justiceiro viajante.

Um comentário:

Anônimo disse...

É, realmente seu texto exige fôlego... Mas quem não te conhece pode achar que vc é um maníaco do parque...rsrsrs Brincadeira. Apesar de seu matador ser cruel, ele sofre uma transformação devido ao amor... O próprio eu-lírico se auto-denomina no final como "justiceiro", ou seja, não mata mais apenas por prazer.
beijos