Olá pescadores de plantão agradeço por passarem aqui no meu Lago dos Sonhos e peço pra que, se possível, vcs deixem comentários sobre os textos, afinal sem eles naum terá como eu saber se estão ou não gostando do blog.


Também se puderem, deixem seu e-mail para q eu possa agradecer os comentários e a visita.


Bjus e espero que gostem


ASS: Pescador de Sonhos



quinta-feira, 29 de maio de 2008

Amo por falar

Oh flor do Lácio
Que brota das nossas faringes
Quão bela é sua sonoridade
Tão enigmática quanto a esfinge

A farmácia de suas palavras
São para curar os doentes
São para desfazer os males
De todos que os sentem

Por isso te amo, minha língua
Te amo por ser assim
Por estar perto de todos
Por estar perto de mim

Te amo, querida amiga
Mesmo com sua gramática
Que complica a nossa vida
Sem, é claro, ser antipática.

Mas seus ósculos ou beijos
Enfim, sua forma culta
Me deixa bobo e apaixonado
Com certeza absoluta.

domingo, 18 de maio de 2008

A Fábrica

Por que eu sou assim
Não podia ser assado
Outro rumo ter tomado
Ter nascido em outro estado

Por que nasci assim
Com direitos limitados
Os conceitos fracionados
E com regras disfarçadas

Mas a culpa não é minha
Muito menos dos meus pais
A culpa é da sociedade
Que me fez e que me faz

O que eu fiz na outra vida
Pra nascer numa fábrica dessas?
Construtoras de muralhas
Que nem os sonhos atravessam

Por isso tome cuidado
Com o que faz ou que diz
Você não nasceu nessa fábrica
Mas somos do jeito que ela quis.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Em busca da reconquista

Personagens

Teatro
Computador
Tragédia
Comédia

NUMA DAS LAN HOUSES MAIS MODERNAS DO PAÍS, O TEATRO ENTRA COM UM AR TRISTE E SE DEFRONTA COM O COMPUTADOR CUIDANDO DE SEUS AFAZERES. AO PERCEBER O TEATRO, O COMPUTADOR PÁRA O SEU TRABALHO.

Computador: Senhor Teatro! Q honra, o maior nome da Antiguidade vir aqui na minha LAN house. (ABRAÇANDO O TEATRO, EMOCIONADO)
Teatro: Por ser da Antiguidade é que estou aqui, meu jovem. Queria conhecer seus filhos: a Internet, o Msn, o Orkut, e os outros que não citei, também. Queria conhecê-los para saber o que de bom eles têm. (NUM TOM CHOROSO)
Computador: Que bom, meu velho. Vc estah kerendo c informatizar neh? Eh um bom começo pra kem naum eh dessa era.
Teatro: Não é bem assim. Depois que seus filhos nasceram, todos os meus, adoradores ou a maior parte deles, desinteressaram-se por mim. Por isso, quem sabe, com a ajuda de vocês, eu poderia resgatá-los.
Computador: Mas como assim, mau amigo? C eh que eu posso chamar o Senhor assim.
Teatro: claro que pode bobo. (SORRINDO POR UM INSTANTE, PORÉM SE ENTRISTECE NOVAMENTE) Meus antigos adoradores me deixaram de lado, eu que faço as pessoas expressarem, mostrarem sentimentos que raramente são mostrados.
Computador: Naum fike :-( , amigo, nem eu e nem meus filhos, com a nossa pouca idade e experiência, conseguiríamos abalar toda a sua história, tudo o q vc construiu durant a sua vida estah longe de acabar.
Teatro: Nisso eu até concordo, caro jovem. Mas a sua alta tecnologia me deixou defasado em público. Minha filha, a Comédia, que era alegre e extrovertida, hoje chora pelos cantos, acompanhada da Tragédia, minha outra filha. Só que essa eu já me acostumei, a única coisa que ela sabe fazer é chorar e se lamentar.
Computador: E por falar nas suas filhas, serah q eu poderia conhecer elas algum dia?
Teatro: Elas já devem estar chegando. Mesmo eu as mandando ficar em casa, se bem as conheço, com certeza me desobedeceram. Porém confesso que são mais impacientes do que eu, estão muito bravas com você.
Computador: Deixe de ser paranóico, Teatro, pq elas estariam bravas comigo?

A TRAGÉDIA CHEGA AOS BERROS, COM LÁGRIMAS NOS OLHOS.

Tragédia: Por que, dizes tu? Porque estaríamos bravas com a pessoa que rouba os nossos amantes? Simples, porque roubou nossos amantes! Dizem que a tua pessoa é legal, cheia de entretenimento, mas uma pessoa assim não faria o que está fazendo com a nossa família. Por que fazes isso? Por quê? Me diz o porquê.
Teatro: (COM A VOZ FORTE SE DIRIGINDO À SUA FILHA) Pare de lamentos, tragédia, não havia falado para não me seguir, sorte de sua irmã quem me obedeceu.
Tragédia: Meu pai! A comédia também te desobedeceu, porém ficou no caminho pregando peças para tentar fazer com que a alegria voltasse para o seu ser. E quanto à desobediência, ela se deve a este ladrão de público.
Computador: Ei, espera aí, como uma bela garota como vc pod me chamar d ladrão d público, naum crie dramas linda.
Teatro: Concordo com o Computador, minha filha, não podemos chegar aqui chamando os outros de ladrão, viemos para entrar em um consenso.
Tragédia: Mas, pai, não podemos omitir algo de alguém que possui esse algo. Se ele é roubou, tem que pagar por isso.

NISSO A COMÉDIA CHEGA RINDO E DESCONTRAÍDA, E CHEGA PERTO DO COMPUTADOR.

Comédia: Então esse é o ladrão de público, mãos ao alto meliante!

O COMPUTADOR, ASSUSTADO, ERGUE AS SUAS MÃOS.

Teatro: Comédia, pare com isso. O que pensa que está fazendo?
Comédia: Ué, paizão! Você não disse ontem que podemos ser quem nós quiséssemos. Agora eu quero ser policial para prender este ladrão
Tragédia: (COM UM TOM DE TRISTEZA, TORCENDO PELA IRMÃ EM CÂMERA LENTA) Vai lá, Comédia, prenda o ladrão.
Teatro: Eu até disse, mas isso não serve pra vocês, só os outros podem ser o que quiserem, quando estão comigo. Podem ser animais, podem exercer profissões diversas, podem ser pessoas de outras épocas, podem até trocar de sexo, tanto homem quanto mulher,
Comédia: Ah! Então eu não posso ser policial? (NUM TOM TRISTONHO)
Computador: Graças a Deus naum.
Comédia: Que droga! Eu queria ser policial (EMBURRADA)
Teatro: não fique assim, filhinha, por que não vai para o museu? Pegue o dinheiro para o táxi e leve sua irmã. Deixe-me conversar a sós com o Computador.
Comédia: A gente vai, pai, mas não saia daí sem resolver nossa situação. (VIRA, PEGA SUA IRMÃ PELO BRAÇO E SAI CANTANDO) Eu vou ir pro museu ver as obras de arte.
Tragédia: Oba. (NUM TOM IRÔNICO E MELANCÓLICO)
Teatro: Não disse que elas viriam? Aquelas meninas… (COM UM SORRISO NO ROSTO)
Computador: Confesso q naum kero v elas novamente taum cedo.
Teatro: Elas estão assim por causa do desinteresse do nosso público e julgam ser culpa sua.
Computador: Mas pensam errado, pra mim isso q vcs estaum vivendo eh apenas uma fase, todos os divertimentos humanos passam por isso. Veja a Bolinha de gude, coitada, poucos lembram dela; o Peão entaum ficou pra história; ninguém ouve mais falar o nome dos Bilboquês e nem da Amarelinha. Um dia, como vc e os outros, eu tbm serei trocado por algo, e assim vai. Mas sempre vai t alguém q vai lembrar d nós, vai nos divulgar, pois c ainda estamos vivos eh pq temos valor pra humanidade.
Teatro: É, você tem razão, meu mais novo amigo. (ANDA EM DIREÇÃO À SAÍDA DO PALCO CONFORMADO COM A SITUAÇÃO)
Computador: Aond vai, velho? Naum keria conhecer meus filhos?
Teatro: Deixe para outro dia, meu jovem. Agora me unirei com minhas filhas para fazer o espetáculo do ano, para poder resgatar meus fãs. Obrigado por ter me aberto os olhos.
Computador: Q isso?! Só q, quando estiver pronto me fala, vou mandar a Internet e os irmãos dela publicar pra q todos assistam vc. Xau, amigo
Teatro: Pode deixar. Xau, amigo

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Amizade à flor da pele

(Esse vai para todos os meus amigos, e para todos que possuem umamigo por perto)

Há algo mais difícil do que falar
Falar das amizades que já tive
Das que já tive ou que ainda tenho
Que ainda tenho sem saber que existem?

Há algo mais doloroso que saber
Que saber que perdi um amigo
Um amigo que nunca mais estará comigo
Comigo e com mais ninguém?

Há algo mais difícil de suportar
De suportar a falta de amigos
De amigos que riem quando eu rio
Quando eu rio sem ter motivo?

E é por isso que eu não falo
Que eu não falo e nem sei
Nem sei, mas suporto
Suporto, por ter amigos.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Uma Biografia

Bebê nascido
Criança crescida
Adolescente rebelde
Jovem confuso
Homem sem rumo
Adulto apaixonado
Noivo casado
Filhos endiabrados
Marido descontente
Companheiro infiel
Desquite assinado
Pai solteiro
Profissional aposentado
Idoso depressivo
Velho à beira da morte
Corpo velado
Defunto enterrado.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

As solteironas da high society

Personagens:

Greth
Alex
Paulo
Millu
Darlen

NUM BARZINHO CHIQUE, COM UMA MESA DE SEIS CADEIRAS, QUATRO NOIVOS E UMA SOLTEIRONA REUNEM-SE PARACOMEMORAR O NOIVADO.

Paulo: Ai benzinho! Não havia um barzinho melhor, não?
Millu: Fale baixo, amor! Esse foi o melhor que encontrei o mais freqüentado pela alta sociedade. (chegam á mesa e sentam -se)
Paulo: Uff! Detesto gente não pontual, isso me estressa. (com a mão na cabeça e a cara mal-humorada)
Millu: Deve ser aquela árvore de natal da Darlen que esta se enfeitando toda.
Darlen: (entrando com seu noivo Alex) Nossa, querido, aquela pata-choca da Millu está falando mal de mim, minha orelha está queimando.
Alex: Deixa pra lá, amorzinho, isso é inveja.
Millu: (levantando-se com Paulo para cumprimentá-los) Olha o vestido dela, não se compara com o lixo que você me deu.
TODOS SE CUMPRIMENTAM
Darlen: (ainda de pé) Nossa querida como você engordou.
Millu: Ah é, e como os pés de galinha vão aparecendo com o tempo em seu rostinho, não é?
Darlen: Ai, gracinha você.
Paulo: (com todos já sentados) Que tal pedirmos um drinquezinho.
Darlen: Desculpe-me, Paulo, mas isso seria uma deselegância da nossa parte, temos que esperar a convidada, não é?
Greth: (entrando se dirige a alguém da platéia) Oi, gatinho, depois me passa o número do seu telefone, ta gracinha. (vai à mesa e senta-se, sem as mulheres perceberem sua presença, do lado dos homens e fica se mostrando)
Darlen: Querida, olhe o meu rímel Tailandês, custou uma fortuna.
Millu: Que lindo, bem passado, não? (olha para a platéia sigilosamente) Gente ta borrado
E olha o meu batom Francês que veio diretamente da França
Darlen: (dirige-se para a platéia querendo esconder de Darlen) Mentira, comprou na 25 de Março que eu vi.

AS DUAS AO PERSEBEREM QUE GRETH ESTAVA SE EXIBINDO PARA SEUS NOIVOS

Darlen/Millu: Grethen! (num tom exagerado)
Greth: (assusta-se) Ai! O que foi meninas?
Darlen/Millu: (apontam com a cabeça o outro lado da mesa)
Greth: Nossa como vocês são maliciosas. (dirige-se para o lugar apontado anteriormente e olhando para a platéia) Ai que barzinho, não tem um gatinho pra mim da uns cato, só tem canhão.

TODOS COM CARA DE VERGONHA

Millu: E ai Greth, veio de táxi.
Greth: Quase amigas, mas um guarda bonitão me deu carona e vocês não sabem o que está acontecendo lá fora.
Darlen: O quê?
Greth: Um idiota, que ta aqui no bar, que não sabe nem estacionar direito, foi justo num lugar proibido, agora aquele guarda (dá um suspiro) ta multando ele.
Millu: E você não sabe que carro que é.
Greth: Ah, é um vectrazinho preto.
Paulo: (preocupado) Minha Nossa Senhora, será que é o meu.
Greth: Tenho certeza que não, pois a placa é de Rincão do Norte, quem compraria um carro em Rincão do Norte.
Paulo:
Eu compraria!! Ai, meu Deus, de quantos será a multa, ai vou à falência.
Alex: Calma, quer que eu ajude com o dinheiro?
Paulo: Vamos você é rico, pode ajudar. (os dois saem)
Greth: (para Darlen) Desculpa amiga, não podia imaginar que era do seu noivo.
Darlen: Acha, deixa, aquele economiza até pra estacionar.
Millu: É isso é, mas já mudando de assunto, como rico é chato, não acham?
Darlen: Pior, mas o Paulo além de chato é muquirana, não abre a mão nem pra dar tchau.
Greth: Pode até ser, mas dêem graças a Deus porque pelo menos vocês os têm, e eu que (com ar de tristeza quase chorando), ai, sou solteirona.
Millu: O da Darlen pelo menos é um partidão, já o meu tem dinheiro, mas não gasta por nada.
Darlen: Ai, amiga, mas pense bem, ele só está guardando para o seu futuro. Eu o admiro tanto por isso.
Millu: Então porque não pega ele para você, vamos fazer uma troca.
Darlen: Pra isso eu teria que largar do meu (mostrando com o dedo o sinal de dinheiro) e isto eu não faço nem morta.
Greth: É, mas eu fico pensando como o mundo é pequeno.
Darlen: Ai, Greth que palavreado mais coloquial.
Millu: Que frase de plebeu.
Greth: Mas que é verdade é. Eu prefiro ser solteirona do que chifrudona.
Millu: Por que Gretth, você sabe de alguma coisa que nós não sabemos.
Greth: Na verdade...

PAULO E ALEX ENTRAM

Paulo: Cem reais? Isso é um roubo.
Alex: Calma, já que fui eu que paguei a multa. (os dois sentam-se)
Millu: Cem reais? Mas isso não vai fazer falta nas suas finanças. Nem precisava ter pago Alex.
Paulo: Cem reais podem me levar à falência, precisava sim ta Alex.
Millu: Ai, eu vou ao toalete, essas discussões sempre me dão enxaqueca.
Darlen: Eu vou com você, amiga, preciso retocar a maquilagem. (as duas saem)
Greth: (logo após elas saírem) Até que enfim aquelas peruas saíram, não agüentava mais falar com elas.
Alex: Por quê? Senão for incomodo sobre o que falavam.
Greth: Sobre o nível de amor que elas têm por vocês.
Paulo: De 0 a 10, qual é esse nível?
Greth: Para o dinheiro 10, mas em compensação pelo amor...
Paulo/Alex: Quanto?
Greth: É, (pensa um pouco) é 10.
Paulo: Ainda bem.
Alex: Já sabia.
Greth: Só que negativo
Paulo/Alex: O quê?
Greth: Falei demais. (Darlen e Millu entram e ouvem tudo que Greth disse)
Millu: Falou demais o que Greth?
Greth: Nada só que...
Paulo: O suficiente para sabermos que vocês duas estão conosco só pelo dinheiro.
Millu/Darlen: O que você andou falando Greth pode ir desmentindo tudo.
Greth: Desmentir O que? Pode me chamar de solteirona, encalhada, falar que vou ficar pra titia, mas de mentirosa ninguém me chama não.
Só por isso vou falar tudo que eu e toda a high society sabe.
Darlen: Nem pense nisso Greth.

FAZENDO O MAIOR ESCANDA-LO NO BAR.

Greth: Já pensei e vou agir. Mas, porque que você não quer que eu conte para todos do bar que você esta com o Alex só por interesse? (diretamente para a platéia) Tanto que o traiu com o Paulo.
Darlen: Que ousadia de sua parte falar assim de mim Greth.
Millu: Darlen, sua cachorra.
Greth: E do que você está falando, santinha do pau oco?
Millu: Olha lá o que vai dizer Greth!
Greth: Só a verdade, nua e crua! Que, que tem falar que você também esta com o Paulo pelo dinheiro e (da uma risadinha maliciosa) __ bem que eu disse que esse mundo é pequeno __ tem como amante o Alex.
Darlen: Depois sou eu a cachorra. (da o primeiro tapa, proferindo xingamentos uma a outra, começa a briga)
Greth: Oba, briga, briga, olha o barraco.
Alex: (num grito interrompe a briga) Chega! Não quero mais saber de mulher, elas me torram.
Paulo: Espere amigo, pra mim mulher não presta mais. Agora é só eu e você
Darlen: Querido, não acredite nesta pi...
Alex: Sai de perto de mim, peguei alergia de mulher.
Millu: (corre gritando) Eu tenho meus direitos de noiva.
Paulo: Claro que tem, o de pagar a conta.
Darlen: (já quase chorando) A culpa é sua Millu.
Millu: (também chorando) Não é sua.
Darlen/Millu: Não é dela (apontando para Greth) Greth você nos paga. (vão à direção a ela)
Greth: Não levem por esse lado, queridas (se agarra nos braços delas e anda um pouco, com as duas chorando) pelo menos vocês agora estão no meu grupo (as duas param e olham sérias para Greth) o das solteironas. (as duas vão saindo num mar de lágrimas)