Olá pescadores de plantão agradeço por passarem aqui no meu Lago dos Sonhos e peço pra que, se possível, vcs deixem comentários sobre os textos, afinal sem eles naum terá como eu saber se estão ou não gostando do blog.


Também se puderem, deixem seu e-mail para q eu possa agradecer os comentários e a visita.


Bjus e espero que gostem


ASS: Pescador de Sonhos



segunda-feira, 28 de abril de 2008

Minha amada

Feita de rosas é minha princesa
Curvas de ninfas tem minha rainha
Igual a uma fada com sua varinha
Demonstra com charme que tem destreza

A mais bela de todas, com certeza
Ela tem o rosto de uma mocinha
Aprendeu desde cedo a ser sozinha
Sem nada ou ninguém que a deixasse presa

Rosto molhado tem minha amada
Rosto molhado pela solidão
Uma tristeza por ela criada

Como algo que entristece o coração
Uma chuva forte e descompassada
Que nos alaga, turvando a visão

terça-feira, 22 de abril de 2008

Soneto dos meus avós



Sô neto do Nelson e do Zaía
Todo domingo, eles, vou visitar
Todo domingo mesmo, sem faltar
Nem se chovesse muito eu faltaria.

Primeiro vou no sítio pra nadar
Comer jabuticaba e melancia.
Depois como doces e porcarias
Porém isso já no Zaía’s bar.

Meus dois avós têm muitas diferenças
Desde a moradia até fisicamente
Contudo isso não altera a convivência

Porque mesmo eles sendo diferentes
A nossa vida não é como pensa
Mas ela é vivida plenamente.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Provas de amor



Flores do inverno,
Neve do verão,
Noite-claridade,
Chuvas de algodão,

Árvores do deserto,
Brisa do furacão,
O sal da água doce,
As dores da paixão,

O fogo que congela,
A companhia da solidão,
A luz que escurece,
A vida em Plutão.

São coisas que não existem
Mas farei acontecer
Se acaso minha rainha
Assim você querer.

terça-feira, 8 de abril de 2008

O Colar Amaldiçoado

Flores no jardim. Borboletas e pássaros enfeitavam a bela fachada do casarão. Enfeitavam o local onde estava sendo dada uma festa. Aquela que mudou a minha vida:
Já era noite, todos os convidados já haviam chegado. Como era de costume na minha família, logo após a chegada do último convidado era que se começava a abertura dos presentes pra enfim ser entregue o bolo_ ninguém sabia qual era o fundamento desse costume, mas todos nós o seguíamos rigidamente.
Comecei a abrir o primeiro presente, um lindo vestido saiu da caixa com seu tecido leve e aveludado; outros vieram depois desse.
Porém, quando o último foi aberto, eu e os outros, que lá estavam comigo, notamos que havia um presente jogado no chão, ninguém se declarou sendo a pessoa que mandara o presente e o mais curioso era que todos da festa já tinha declarado mandantes dos outros que já haviam sido abertos.
Mesmo não sabendo quem era a pessoa que me deu aquele embrulho, abri a fita negra que se encontrava em torno de um papel roxo e áspero, que foi aberto com uma delicadeza capaz de prevenir que fosse rasgado. Por baixo do mesmo havia uma caixa retangular de bordas arredondadas, feito de um mármore cor de sangue_ não sei como obtera essa coloração, mas era exatamente a cor do material de que aquele objeto fora feito.
Abri o belo estojo e vi nele, cintilando, pedras que alternavam as cores da fita, do papel e da caixa. As contas foram dispostas de uma maneira que se reproduzisse um lindo colar, tendo como um pingente as iniciais do meu nome: Beatriz Jane Soares.
Até então eu estava sentada abrindo o presente, porém, ao ver o colar, me levantei e agradeci pelo mesmo, caso o mandante ainda estivesse no local.
Os anos se passaram e eu sempre com aquele colar no pescoço. Apesar de não ter nenhum valor sentimental para mim, nunca me desfiz dele.
Porém, num dia, conheci uma pessoa, foi amizade a primeira vista, só que durou poucas horas, nós até queríamos continuar a nos falar, contudo nossos caminhos se tornaram contrários. Ele me pediu uma lembrança e a única coisa que eu tinha era o colar, tirei-o, coloquei no seu pescoço e num gesto de adeus dei-lhe um beijo no rosto.
Foi muito desgostoso perder uma amizade logo que começou, mas no outro dia, na mesma hora em que havia conhecido Carlos, vi na TV o seguinte anuncio:
_Acaba de ser encontrado o corpo de um estudante que apresenta indícios de homicídio. Segundo os familiares da vítima, que já estão no local, seu nome é Carlos Rocha.
Ao ouvir o nome da vítima e ver seu retrato na tela, senti um aperto no coração parecia que minha casa era um forno de tão sufocante que estava, decidi tomar um ar e vi algo que me lembrou do passado: um presente envolto em um papel roxo, amarrado com uma fita negra e acima um bilhete escrito “Isso não me pertence Beatriz”.
Lembrei que durante a conversa com Carlos, havia contado toda a história do colar e pensei que ele poderia ter vindo entregá-lo antes de morrer.
Fui ao seu enterro, com o colar no pescoço, após ele ser enterrado fiquei vagando sem rumo, pensando no porquê de ele ter me devolvido aquela jóia, andei horas até que parei numa praça e nela eu encontrei um amigo da minha época de pré-escola, foi impressionante ver que o tempo não havia mudado o Leandro fisicamente e sua boca ainda tinha aquela aparência de rosas que deixava todas as garotinhas apaixonadas por ele. Como antes, quando eu era pequena, fiquei louquinha quando ele tocou a minha face com seus lábios. Conversamos bastante e quando já era noite ele começou a falar do colar
Leandro elogiava muito aquele adereço e de tanto ficar falando eu o presenteei com o mesmo.
Voltei para a casa de táxi. Com a conversa que tive com o Leandro me esqueci da dor que estava sentindo pela morte do Carlos e pude dormir sem medo.
Contudo, no outro dia, fui para o mesmo local que havia encontrado meu amigo de infância e para a minha surpresa uma aglomeração de pessoas se reunia envolta do mesmo banco em que eu e ele estávamos sentados, quando consegui penetrar aquela barreira humana um sentimento de terror e agonia pairavam no ar que eu tragava pesadamente.
O corpo de Leandro estava todo esfaqueado, no mesmo local e com a mesma posição que estava ontem. Corri feito uma louca, minhas lágrimas chegaram a congelar ao tocar a minha pele fria e mórbida, porém quando tudo não podia piorar eu cheguei em casa e vi aquele presente com o mesmo bilhete “Isso não me pertence Beatriz”.
Até então o horror de ver o cadáver do Leandro me perseguia, porém quando eu vi aquele embrulho um terror maior tomou conta do meu ser.
A família do Leandro velou o seu corpo durante um dia e minutos após o enterro eu fui visitá-lo, afim de não encontrar nenhum familiar, mas não foi bem o que aconteceu.
O irmão da vítima estava ainda lá e quando eu cheguei me deu um abraço e começou a chorar, me disse muitas coisas sobre o irmão, porém eu já estava com uma agonia muito grande por perder dois grandes amigos então disse a ele que eu era a última pessoa a quem se poderia pedir consolo, contudo eu daria o meu colar como forma de consideração ao irmão dele que havia gostado muito daquele adereço.
Ele disse que não poderia aceitar o presente, mas eu pedi que aceitasse em nome do Leandro. Após a minha fala, ele me beijou agradecendo-se e foi embora. Já eu fiquei lá chorando aos pés do túmulo pensando no que levou a morte dos meus amigos.
Voltei pra casa ainda pensando nisso e liguei as duas mortes, nos dois casos eu havia dado o colar e nos dois o colar havia retornado a mim do mesmo modo que o vi pela primeira vez. Na certa aquela jóia era amaldiçoada, mas só lembrei que já tinha dado o colar para alguém quando já era noite.
Procurei por todo o canto saber alguma coisa sobre o irmão do Leandro, passei a noite em claro, contudo não consegui nada, já tinha em mente o que iria acontecer a ele, estava quase desistindo, porém quando eu olhei para o espelho da minha penteadeira mandei um beijo para o meu reflexo_ gesto que me dava força e vontade para fazer algo_ continuei a procurar o contato, mas em vão, pois as seis horas da tarde do outro dia vejo o anuncio na TV:
_Morreu hoje a uma hora atrás um jovem que foi visitar seu irmão no cemitério, morto anteontem, esfaqueado na Praça Central da cidade.
Quando eu ouvi isso fui correndo para fora de casa e vi o embrulho com um bilhete em cima, desta vez com uma continuação: “Isso não me pertence Beatriz, porém pertence a você minha amada, que custa a me trair beijando aqueles rapazes”.
Quando eu li o bilhete ouvi uma voz vindo de traz de mim:
_Até então você pensava que o colar era amaldiçoado, mas eu mandei-o como um aviso. BJS não era as suas iniciais e sim a sigla de beijos. Eram os seus beijos que ditavam a morte de quem você beijasse, porém você saiu amaldiçoando varias pessoas inclusive você ao beijar o seu reflexo e por isso merece a morte!
Depois do anuncio de que eu morreria rapidamente peguei o colar e coloquei no pescoço do assassino que apunhalou meu coração e se matou depois, pelo último beijo que havia dado, antes de morrer.