Olha lá de novo
Na cruz de piche da rua
Quando o olho vermelho de feitor
Obriga a parada do trânsito
E dá espaços a macaquinhos
Feitos bichos de circo de quinta
Malabares de piores categorias
Acrobacias de velhos decreptos
Vestuários de boca de lixo
Sorrisos de corpos moribundos
E ainda com maior graça
Como cachorro depois da baderna
Com seus olhos de fera acuada
Vem clamar por míseros centavos
Pela porcaria apresentada
— Ah! Desculpa colega
Hoje eu não tenho trocados!