Olá pescadores de plantão agradeço por passarem aqui no meu Lago dos Sonhos e peço pra que, se possível, vcs deixem comentários sobre os textos, afinal sem eles naum terá como eu saber se estão ou não gostando do blog.


Também se puderem, deixem seu e-mail para q eu possa agradecer os comentários e a visita.


Bjus e espero que gostem


ASS: Pescador de Sonhos



segunda-feira, 8 de março de 2010

Rosa ausente

Escolhi uma única rosa
No meio de tantas num jardim
O estranho é que a escolhida
Ainda era invisível a mim

Por que foi ela entre tantas
Que eu poderia ter colhido
Alguns diriam ser acaso
E a esses não dou ouvidos

Talvez tenha sido pelo fato
De vê-la invisivelmente
Contemplar sua beleza
Como contemplar um ser ausente
Mas mesmo com a ausência
Sinto suas pétalas aveludadas
Acariciar o meu rosto
Com a brisa da alvorada

Mesmo sem vê-la
Um vulto moreno dança
Como borboleta que ao vento
Com graciosidade se lança

Sem falar no seu perfume
Seu doce e inodoro aroma
Que me enlaça com ternura
Que me envolve e me doma

Porém ainda não sei
Qual porquê de a escolher
Mas sei que num mesmo jardim
Se não fossem as flores diferentes
Eu ainda colheria aquela
A minha rosa ausente

segunda-feira, 1 de março de 2010

Queria me apaixonar


Um dia olhando pro longe
Sentado num banco da praça
Vi um rapaz ajoelhado
Aos pés de uma bela moça

Aquilo doeu-me no peito
Uma dor que vinha da alma
E aos poucos virava enxaqueca
Uma dor que tirava minha calma

Era como uma inveja
Daquele ali ajoelhado
Via o tempo se passando
"Como eu não tinha me apaixonado?"

Queria como um desejo louco
Ali naquele instante
Por que do jeito que fui
Não pude ter sido amante?

Catei minas lembranças
Como cata milho a galinha
Desde minha recordável infância
Até outras que ainda tinha

Fui companheiro fiel
Amigo inseparável
Era alegre descontraído
Será isso impaixonável?

Era paciente prestativo
E a todos dava ouvidos
Aquele que os ombros cedia
Àqueles com o coração partido

Lembrei-me ter me apaixonado
Mas ainda era fútil
Um amor sem simples nexo
E esse tal foi o último

Não entendia o porquê
"Será meu coração uma pedra?"
Ou o amor é um mero prêmio
A quem à vida se entrega

Agora eu ali sentado
Já quase me conformando
Vendo o que antes estava ajoelhado
Pelo "fora" ali chorando