Olá pescadores de plantão agradeço por passarem aqui no meu Lago dos Sonhos e peço pra que, se possível, vcs deixem comentários sobre os textos, afinal sem eles naum terá como eu saber se estão ou não gostando do blog.


Também se puderem, deixem seu e-mail para q eu possa agradecer os comentários e a visita.


Bjus e espero que gostem


ASS: Pescador de Sonhos



segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O Código de Hamurábi


Aqui, todos me respeitam
E todos eu respeito

Aqui, todos me odeiam
E todos eu odeio

Aqui, todos me cumprimentam
E todos eu cumprimento

Aqui, todos me respondem
E a todos eu respondo

Aqui, todos são inimigos
E com todos tenho inimizade

Aqui, tudo é proibido
E a tudo não se dá liberdade

Nesta vida de olho por olho
Nem dente de alho
É menos doce que eu

Nesta vida cercada de molhos
De molhos de chave
Duma colméia sem mel

Uma vida, em que o sol nasce
Nasce quadrado
No quadrado do céu

domingo, 18 de janeiro de 2009

Tudo é relativo




Einstein a teoria da relatividade escreveu
E provou que gosto é que nem umbigo
Já que cada um tem o seu.

Mas será que ele pensou
No quanto essa teoria abrangia
Exemplos eu dou
Sem nenhuma tardia:

Conheci uma garota que falava espanhol
Ou pensava que hablaba,
Tava mais pra portunhol.

Quem deveriam contratar
Perguntaram a uma mãe-coruja
Sem ao menos pensar
Indicou seu filho de cara suja.

Quando enfim morreu o Sol
Vi ficar vermelho o mar
Em outra parte do globo
Ele nasceu ao céu dourar.

Pontos minúsculos de intensa luz
Estas estrelas pelo céu a vagar
Porém entre elas existem
Várias maiores que o sistema solar.

Agora vai uma pergunta
Para com os exemplos acabar
Eu não gostei deste poema
E vocês? O que vão achar?

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Diferenças, amizades


Eu, por democracia, luto
Mas, amigo de um ditador, sou
Eu, contra escravidão, luto
Mas, amigo de dono de carvoarias, sou
Eu, contra corrupção, luto
Mas, amigo de corrupto, sou
Eu, em Deus, acredito
Mas, amigo de ateu, sou
Eu por nenhum time luto
Mas, amigo de torcedor fanático, sou
Eu, de literatura, gosto
Mas, amigo de analfabeto, sou
Eu, para contabilidade, nem ligo
Mas, amigo de contador, sou
Eu, com o mundo, me importo
Mas, amigo de egocêntrico, sou
Eu, contra o desmatamento, luto
Mas, amigo de madeireiro, sou
Eu, contra poluição, luto
Mas, amigo de dono de petrolíferos, sou

Mesmo sendo diferente
Mesmo por idéias contrapostas
Posso ser amigo até
De quem, de mim, não gosta

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

O poço seco


Numa manhã de domingo
Vi o sol acordar dormindo
Vi a manhã nascer em escarlate
Vi, para poesia, um tema lindo

Sentei na frente de um papiro
Com minha pena de pavão
E um tinteiro logo ao lado
Pus ali minha imaginação

Uma gota de tinta caiu
E só ela sujou o papel
Por mais que eu tentasse escrever
As palavras fugiam de corcel

Que galopava para o longe
Fugiam da obrigação
Eu corria atrás delas
Com os pés a frente das mãos

De tanto correr
Acabei por chegar
Num oceano de areia
E nada tinha para a sede matar

Pensei em usar a pena
Para, um poço criar, naquele deserto
Logo pedras se amontoaram
E vi a esperança ali por perto

Quase pulei dentro do poço
Quando por fim o vi, repleto de vazio
Era só um poço seco
Era como um destino vil

Tão vil quanto sereias
Que atraiam apaixonados para o mar
Que após atraí-los
Só queria os matar

Foi o que aconteceu com as palavras
Que me atraíram para o deserto
Agora que aqui estou
Só resta morrer, de certo

Foi quando eu retornei
Pensei no que havia feito
Decidi contar essa história
E criei o poema perfeito