Olá pescadores de plantão agradeço por passarem aqui no meu Lago dos Sonhos e peço pra que, se possível, vcs deixem comentários sobre os textos, afinal sem eles naum terá como eu saber se estão ou não gostando do blog.


Também se puderem, deixem seu e-mail para q eu possa agradecer os comentários e a visita.


Bjus e espero que gostem


ASS: Pescador de Sonhos



sábado, 30 de maio de 2009

Dois rios de encontro ao mar


Dois rios cortaram minhas maçãs
Foram descendo até o queixo
Encontraram-se e caíram em cascata
Molhando-me o peito
E não cessava de jorrar
Como uma enxurrada que tudo leva
Que tudo lava
E não cessava de jorrar
Era um poço infinito
Que alagava de súbito
O meu triste chorar

Dois rios de encontro ao mar
Desciam e curvavam
E em cada curva deixavam
Um reflexo do meu chorar
E não cessava de jorrar
Como chuva que desce e leva
Que desce e lava
E não cessava de jorrar
Era um choro imundo
Era o choro do mundo
Em um só chorar


Dois rios estancados
Ainda corria em filetes
E deixavam em meu rosto
Marcas do seu passar
E cessou-se o jorrar
Com tua boca aveludada
Teu cheiro de avelã
E cessou-se o jorrar
Era eu e o teu humor
Era o teu amor e eu
Acabando com meu chorar

domingo, 24 de maio de 2009

O Cânion


O amor é um precipício
Que se abre sempre quando
Você decide amar
Qualquer outro ser humano

De um lado desse cânion
Está você sempre indeciso
Do outro lado está aquela
Que lhe rouba o juízo

E você vai se esvaindo
O juízo acabando
Um zumbi sem alma alguma
Sempre a um lado marchando

Até que chega um momento
Que você corre na direção
Daquela linda garota
Que roubou-lhe o coração

E na beira do precipício
Vê seu corpo se jogando
Caindo de cara num amor
E no chão se estatelando

E então perceber
Que aquele amor era irreal
Não valia o seu amar
Era o mar sem o próprio sal

Porém também existe
Neste cânion um lado bom
Só depende dos extremos
Para juntar dois em um coração

E é um trabalho difícil
Quase sempre alguém desiste
De construir uma ponte
Para o amor que ainda existe

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Vou amar-te em Marte


Vou a Marte
Conhecer os marcianos.
Como as mulheres são de Vênus
Se os homens são humanos?

Vou amar-te
Pois só isso, sei fazer
Ou de ônibus ou de táxi
Irei aí pra te ver

Vou a Marte
E lá irei viver
Se existe vida em Marte
Com certeza irei saber

Vou amar-te
E para sempre te amarei
Ou aqui ou em Marte
Ao teu lado seguirei.

domingo, 10 de maio de 2009

Querer não é poder


Queria eu estar ao lado de minha amada
Para no seu ouvido falar das cores da alvorada
Ver ela se deslumbrar com palavras adocicadas
E ver o seu olhar enxergando o céu e nada

Queria eu estar no lugar que sempre quis
Para nele eu tentar por em prática meus ardis
Ver ele começar na vida que eu fiz
E ver ele acabar com um final feliz

Queria eu estar, lá na lua, sozinho
Para ter todos os astros como meus vizinhos
Ver a Terra inteiriça num único pedacinho
E ver estrelas cadentes seguindo o seu caminho

Queria eu ter tudo aquilo citado aqui
Mas perdi o meu amor quando me decidi
Ir para o lugar onde sempre quis ir
E assim sozinho estou sem ninguém, sem ti

domingo, 3 de maio de 2009

O ladrão de livros


Estava eu no centro da praça
Sob árvores verdejantes
Enredado em folhas dançantes
Preso a leituras inanimadas

Estava eu com poesias
Lendo a vida em linhas de versos
Vendo eu no meio do universo
Como alguém engrandecido

Era eu quem ali estava
Com meu livro entre as mãos
Mergulhado na contemplação
Da leitura dos poemas

Estava eu ali sozinho
Até um dito momento
Pois ao redor estava sedento
Um encapuzado ser

Estava eu ali com medo
E em minhas mãos só o Pessoa
E pra mim, olhava, a pessoa
Como quem algo queria

Sem nada, eu ali estava
Não tinha nada a oferecer
Só tinha o que me fazia crescer
Dei-lhe o livro em troca da vida

Estava ele ali, ignorante
Nem tinha idéia do que queria
O que dessem, lucro seria
Pois nem a vida mais ele tinha

Estava eu fugindo assustado
E caído no chão o livro
Deixado ao relento com um amigo
Aquele que antes era ladrão

Estamos nós hoje sentados
Sob a mesma árvore do acontecido
Ascendendo como grão de trigo
Que germina e dá frutos.