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ASS: Pescador de Sonhos



quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O Servo dos Séculos

Numa noite chuvosa e sombria lá estava eu trancado a sete chaves e ainda por cima quase soterrado, esperando por milênios a chegada de meu escolhido a quem eu deveria ser submisso, só que não foi bem assim.
Nessa mesma noite um homem de vida simples que estava correndo da chuva tropeçou na alça da barca, onde eu me encontrava, e pensando que era um baú de pirata foi logo o desenterrando, nem ligava mais para a chuva, pois se caso ficasse doente teria o dinheiro para pagar, agora que achava que estava rico.
Ao ver que não conseguiria abrir, o que era obvio por ele não ser o tal escolhido, começou a puxar, aproveitando o chão molhado pela chuva, para levar o dito baú ao seu esconderijo. E já lá, com suas ferramentas, estraçalhou a fechadura que me prendia e em fim fiquei livre só que por enquanto sem vida.
Quando ele viu aquele pedaço de pano dentro da barca queria morrer, e soltava berros de raiva como esse:
__ Fiquei na chuva quase que a noite toda para isso? Por causa de um simples tapete.
Então criei vida e fui me desenrolando lentamente, mas também não é pra menos quem fica enrolado e preso por vários anos não pode querer ficar de pé de supetão.
Assim quase que pronto o meu processo de desenrolamento sinto uma mão me puxando com grande raiva e insensatez mirando-se para uma fogueira, enfim eu recobro totalmente a minha consciência e num passe de mágica saio das mãos daquele homem e pairo sobre a sua cabeça, assim solto a seguinte frase que ensaiei enquanto esperava ser solto:
__ Sou seu servo e melhor amigo, faça de mim o que bem entender e eu o obedecerei pelo resto da minha imortal vida.
O homem que no caso chama-se Èsmero ficou abobado com a minha presença e mais ainda com o que ele estava pensando para que eu serviria.
Eu seria seu carro de fuga nos seus assaltos que daí por diante ficaram cada vez mais freqüentes, pois mesmo antes de me encontrar tentava alguns simples roubos.
Até que numa bela noite, eu já transformado em um objeto de lucro, vi numa de minhas fugas um menino que estava dormindo com uma caixa de papelão usada como cobertor, vendo isso por compaixão comecei por toda a noite ir lá cobri-lo, após é claro do meu horário de “serviço”, mesmo sem ser ordem de meu mestre, sendo esta a primeira vez que fazia algo sem a sua permissão.
Uma vez que isso aconteceu comecei a desacatar muitas de suas ordens e sempre indo lá cobrir o pobre garoto, que depois de um breve tempo de visitas vi que na verdade era uma linda garota que se vestia como menino daí a confusão.
A menina nunca percebeu a minha presença, mas também devera, pois só aparecia à noite quando ela estava dormindo.
Isso foi se desencadeando através do tempo e aquela menina já era uma linda mulher e cada vez mais bonita e o meu desacato chegou ao ponto de não ir mais ajudar o meu mestre ele sempre me maltratava e fazia ameaças de me jogar ao fogo, mas eu nem ligava, pois eu estava só pensando na minha protegida.
Numa dessas noites de visita, quando cheguei para fazer o que fazia toda noite não a encontrei procurei por todas as praças, mas nada de achá-la.
Exausto voltei para a minha casa e lá a encontrei amarrada numa cadeira por Èsmero. Ele havia descoberto o que tinha acarretado a minha desobediência e decidiu cortar o mau pela raiz assim trazendo a garota, que por sinal não estava entendendo nada do que se passava, para matá-la na minha frente.
Pensando que eu não poderia atacá-lo, por eu ser submisso a ele, virou as costas para mim e sorrindo ergueu a faca sobre a pobre moça. Mas eu indo contra a minha origem numa velocidade acima a da luz o empurrei com tamanha força que ele caiu na fogueira onde ele me ameaçava jogar e correndo, como quando me encontrou, ele foge todo queimado e com medo do que mais eu poderia fazer a ele, e confesso que com a minha grande fúria poderia até matá-lo.
Sem grandes esforços eu a desamarrei e a acalmei depois contei toda a história desde quando fui encontrado até aquele dia então percebi que ela era a minha escolhida a pessoa a quem seria submisso para todo o sempre, mas ela com toda a sua bondade disse que eu seria livre, seria o dono das minhas decisões e que não queria ter um servo e sim um amigo.
Então desde aquele dia eu a acompanho não como um servo e sim como um companheiro de viagens.

Um comentário:

Anônimo disse...

Lindinha sua história de amor surreal, mocinho.
beijos