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ASS: Pescador de Sonhos



quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Minhas Férias

Este não é um simples relato sobre como foram as minhas férias, um fato como esse não merece nem ser um tema de redação, algo banal, divertido no momento em que é vivido, mas depois são só meras lembranças. Esta é uma história que mostra como ficaram os integrantes de minha família enquanto somente eu estava vivendo intensamente, porém desvividamente, as minhas férias.
Tudo começou quando a escola, quer dizer a professora a fim de se tornar ou fazer a gente pensar que ela se tornou boazinha, promove uma excursão para o Walt Disney. Com certeza essa eu não perderia por nada.
Dessa tal excursão que saiu a rincha entre eu minha irmã, é claro que, como em toda briguinha de irmãos, meus pais entraram na briga (menina mais chata, eu não sei como uma garota de cinco anos pode ser tão chata assim como ela é, não consigo e nem quero imaginar como ela vai ser daqui a, sei lá, uns dez anos). Isso tudo porque aquela pivetinha queria ir comigo, não pela minha presença, isto é óbvio, ela queria ir para ver o Mickey, o pato Donald, e os outros personagens da Disney que nem vou perder tempo falando seus nomes.
Meu pai cheio de si e da sua imponência sobre o lar manda ela calar a boca e engolir o choro e para mim falou para parar de brigar com a pobre garota ela era só uma criancinha nem sabia direito o que queria, isso depois é claro de ter se esgoelado com a menininha pobrezinha.
Já minha mãe ficou quieta ouvindo tudo, ela nunca interrompe os sermões do meu pai e também nunca desfaz da sua autoridade, se ele fala ta falado e isso vice-versa.
Em fim fui, meus pais me levaram até o ônibus, ai que vergonha todos ficaram rindo de mim, e aquela pivete ainda por cima ficava me mostrando a língua o tempo todo, tinha pegado raiva por eu não ter querido levá-la.
O ônibus já ia saindo da vista de minha mãe e ela começou a chorar nos ombros do meu pai dizendo:
__ Nosso filho virou um homem Raul, já sai de casa sozinho e vai viajar sem seus pais, que orgulho.
__ Não seja sentimental mulher, ele só vai para longe de nós por sete dias__ disse isso num tom choroso e com lágrimas nos olhos.
Minha irmã sem nada entender olha para os dois chorando em frente à escola e fala:
__ Seu chorão depois diz que homens não choram, que coisa feia.
Ouvindo isso meu pai para instantaneamente de chorar pega a menina no colo e começa a bater na poupança da coitadinha dizendo:
__ Nunca mais desrespeite seu pai assim ouviu mocinha.
Que vergonha para ela, pois por lá passavam varias pessoas que viram tudo meio que encabuladas por estarem vendo uma cena familiar em plena rua.
Depois de tudo foram para a nossa casa onde almoçaram inquietamente sem ao menos falar para o outro pegar o molho de salada que estava muito longe para ser alcançado.
Meu pai foi trabalhar como fazia todo dia incansavelmente, ele trabalhava numa fábrica de automóveis perto da cidade vizinha e era meio turno por isso ia trabalhar só depois do meio dia. E para a alegria de minha mãe, minha irmã estudava à tarde só que nesse dia não foi bem assim que aconteceu, a Clarinha não queria, por pura pirraça, ir para a escola e tinha como argumento a seguinte frase:
__ Não deixou eu ir para a waute disnei então eu não vô pra escola.
Minha mãe nem sempre demonstrava sua raiva, são raros os momentos, mas suborno indireto é o que a deixava muito zangada ela virava uma onça de tão brava que ficava, e esse foi um momento em que isso aconteceu, pegou a minha irmã pelos braços e a levou a força, e bota força nisso.
Ela voltou para a casa e teve de cuidar de todo o serviço, claro por que o seu escravo não estava lá para ela poder assistir a novela.
Depois de tudo pronto ainda deu tempo de ver o Carlos Rodolfo se declarar para a Ana Joaquina.
E nisso meu pai e minha irmã chegaram, novamente comeram sem soltar um piu, acho que é eu quem leva a conversa na hora da bóia.
Após, escovaram os dentes e foram dormir, mas antes a matriarca da família tinha que dar um beijo nos seus filhos inclusive em mim, pois ela tinha esquecido que eu tinha viajado, quando entrou no quarto e sentou na cama foi que ela se recordou do fato e começou a chorar de novo segundo ela por orgulho de mim, mas acho que é pela minha falta.
Enfim acabou-se o primeiro dia, eu já estava dentro do avião pronto para decolar foi sorteado o assento na cabine do piloto e adivinhem quem foi o sortudo, a viagem inteirinha fiquei vendo toda a paisagem frontal do passeio.
Começa o segundo dia eu não piscava nem olho ficava até mais acordado que os próprios pilotos, mas isso não vem ao caso.
Minha família amanhecia dona Érica foi novamente ao meu quarto e novamente esquecida:
__ Acorda filho, você tem que ir pra escola.
Olhou para a cama e ela estava vazia lembrou e chorou de novo, acho que quando eu chegar em casa ela vai estar inundada do tanto que minha mãe chorava, e sempre na mesma ladainha:
__ Que orgulho do nosso filho, que orgulho.
Clara como sempre acordou as nove e foi fazer a tarefa, na verdade serra-serra e bolinhas não gráficos de função quadrática e outras atrapalhadas que as professoras dizem estar ensinando para o nosso futuro, coisa que espero nunca mais usar na minha vida.
Antes de tudo tomaram o café da manhã como no almoço e na janta de ontem não falaram nada nem se quer o bom dia cotidiano.
Tudo correu normal, pois nesse horário eu não estaria em casa mesmo, mas no almoço meu pai falou uma coisa que quebrou o gelo do momento:
__ Sua carne passou do ponto esta quase queimada, se fosse o Eduardo que tivesse feito ficaria melhor.
Isso mesmo que vocês ouviram era eu quem fazia a mistura do meu pai, não é a toa que disse que era o escravo da família. Logo no começo da viagem me perguntava “o que será vão fazer sem mim naquela casa”.
No entanto aquela frase só era para quebrar o gelo mesmo, porque ele comeu a carne com tanto gosto que só não pediu mais por causa dela.
Ele foi trabalhar e antes levou Clara para a escola, já que a minha mãe havia dito a ele sobre como ela havia agido ontem.
Igualmente ao dia anterior minha mãe teve que fazer todo o trabalho da casa sozinha e novamente assistiu o finalzinho da novela nessa parte a Maricota dos Anjos estava tramando um plano para separar Carlos Rodolfo e Ana Joaquina.
Às oito horas todos estavam na casa, menos eu é lógico, jantaram e enfim se acostumaram com um lugar vazio na mesa. Começaram falar sobre o trabalho, sobre a novela e só Clara que não falava sobre coisa alguma. Então perguntaram o que ela tinha e ela maliciosamente falou:
__ Estou com lombriga por vocês não te deixado eu ir na waute disnei.
E meu pai já sacando a esperteza da menina perguntou se ela não tava com lombriga por causa que queria levar umas cintadas, nada burra ficou quieta e foi dormir.
Logo depois minha mãe foi lá dar um beijo de boa noite para ela e já conformada com a minha falta nem passou perto do meu quarto, só que quando estava dormindo ainda soltou algumas lágrimas.
Segunda e terça se passaram eu já estava no hotel descansando tive que dividir o quarto com o Raimundo que recebe como apelido Imundo, trocadilho com o seu nome devido ao mau cheiro que ele tem. (É, bem que dizem que algumas sortes são recompensadas com o azar).
O terceiro dia foi quase igual ao de ontem a única coisa que mudou foi que enfim minha mãe cuidando do serviço durante dois dias conseguiu assistir a novela inteira, só para os curiosos o plano de Maricota deu certo ta, e mais, ela se casou com o Carlos Rodolfo e Aninha esta para entrar em um convento.
Na quinta-feira, quarto dia, também houve pequenas mudanças, Clara se conformou não ter ido para a viagem, pois não valeria de nada, contudo ainda não estava se entendendo com a escola, estava com medo da professora; e para a infelicidade de minha mãe a novela não iria ser apresentada na quinta e na sexta-feira.
Já eu nesses dois dias estava tirando onda com as americanas cada gringa gostosa acabei pegando uma só falando para ela:
__ Kiss me girl, kiss me!
E ela caiu como uma patinha ou uma little duck.
Chegou o sábado, meu penúltimo dia nos Estates, e também penúltimo dia que minha família passaria sem mim, e por falar nisso ela estava um caos todos juntos numa mesma casa tendo como assunto a volta do filho mais velho.
Era “O meu bombomzinho vai voltar” de um lado, “aquele idiota, ninguém merece” do outro, e outras frases que é melhor eu nem pronunciar a vocês.
A novela foi assistida em família neste dia estava num romance só, porque Carlos Rodolfo descobriu que a traição de Ana Joaquina era o plano de Maricota dos Anjos, deixou ela no altar e foi se desculpar com a Aninha.
Todos foram dormir esperançosamente, pela minha chegada, até a insuportável da minha irmã sentiu um arzinho de bem estar acho que é por causa que ela teria alguém com quem brigar e não com seus pais, pois até então só havia se dado mal.
No domingo cheguei, eles para me encabular mais do que na partida, estavam me esperando de braços abertos e minha mãe com seus olhos repletos de lágrimas, me assustei ao ver a Clara chorando também tendo como desculpas a choradeira de minha mãe.
Assim foram as minhas férias, ou melhor as férias que minha família tirou de mim. Ah! E a propósito Ana Joaquina se casou com Carlos Rodolfo e eles viveram felizes para sempre.

Um comentário:

Anônimo disse...

Apesar de já conhecer esse seu texto, novamente ri ao lê-lo... rsrsrs É um verdadeiro caso FF: Família é Fogo.
beijos!

PS: Adriel, cuidado com a pontuação e com a ortografia de palavras estrangeiras... Um futuro grande escritor tem que se preocupar com isso...