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ASS: Pescador de Sonhos



terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Uma Jornada Para a Vida - Parte IV: A despedida

Todos no mundo das cinco luas adoravam os nossos jovens, eles seriam a chance de liberdade para todos daquele mundo, mesmo a liberdade sendo uma morte era melhor do que aquele lugar, mas nenhum dos nossos guerreiros ficava contente com aquilo, a responsabilidade era grande, se fracassassem não seriam só eles que iriam sofrer da tirania de Dom Mortis, agora mais do que nunca teriam que concluir a Jornada.
A festa para comemorar a primeira prova durou cinco luas, a felicidade era geral até os novos quase mortos se divertiram. Logo após o término da festa eles partiram incansavelmente para o norte, e seguiram para esse caminho durante setenta e cinco luas, tendo assim passados quinze dias da chegada deles na vila, enquanto caminhavam tinham na cabeça um único pensamento: a segunda prova.
_ Do que nos adiantou terminar a primeira prova treze dias após termos começado a Jornada se a segunda está demorando muito para aparecer?_ diz o pessimista da turma que não recebeu resposta alguma, todos estavam preocupados pela mesma razão: como iriam concluir em setenta e três dias terrenos a Jornada, se as provas não começassem nesse intervalo de tempo.
Ao cair da noite todas as cinco luas pairavam sobre a cabeça dos jovens. Na vila onde havia ocorrido a festa ouviram que seus amuletos eram uma das mais fortes armas já dadas durante uma Jornada, suas pedras preciosas eram partes que caíram das luas no mesmo dia da tomada do trono por Dom Mortis, assim cada um tinha um protetor nos céus:
Roni era protegido pela Lua de Chamarion, Marcos pela Lua de Térreon, Clarisse tinha como guarda a Lua de Ventis, Helena a Lua de Aquarion, e por fim a Lua de Mundus era a protetora de John.
Todos esses nomes eram dos cinco reis que governavam o Mundo das Cinco Luas, mas após a chegada de Dom Mortis estes foram presos e os habitantes nomearam as luas com seus nomes em forma de agradecimento e respeito aos verdadeiros reis da Dimensão da Imaginação.
Decidiram acampar a céu aberto num deserto de cristais que coloriam o céu com o reflexo das luas.
Os jovens já estavam dormindo menos Roni que se levantara para tomar um ar, olhou o céu para ver os desenhos dos cristais, voltou a cabeça para o chão e quando olhou de volta os desenhos, este tinha a forma de Celeste que disse:
_ O caminho mudou e não precisará de seus amigos para concluir a segunda prova, ande para Oeste lá achará essa prova.
Sem pensar duas vezes ele foi para Oeste não havia acordado ninguém, seguiu sem deixar pistas, a única coisa que tinha deixado para trás era seus amigos.
O dia amanheceu e os quatro quase mortos deixados para trás acordaram e logo perceberam que a cama de Roni não estava mais lá, até Roni havia desaparecido. Procuraram num raio de trinta metros e voltaram sem nada e quando os quatro se reuniram no acampamento uma luz saiu dos cristais jogados no chão formando novamente Celeste:
_ Seu amigo foi enganado, Serena o confundiu, disse a ele que o caminho da prova foi mudado e pelo Oeste ele seguiu_ e continuou_ a dica da segunda prova é a seguinte, sigam para o norte como de costume, ou sigam o que seus corações mandar, dois caminhos podem levar a um mesmo lugar, concluirão a prova se a amizade for maior.
Como da primeira vez não entenderam nada do enigma, mas do aviso de que Roni foi enganado entenderam muito bem, e como ele, seguiram para oeste.
Estavam indo numa direção contrária a da prova, mas a amizade entre eles era o maior laço que os unia não importava se uma era reclamona ou se outro era pessimista, uma era simplesinha ou se o outro era egocêntrico, nem a prova importava mais, só o que importava era a amizade dos cinco.
Andaram uns dez quilômetros até chegarem numa cidade fantasma, ou melhor, uma cidade de fantasmas, a morada dos fantasmas degolados, que eram espíritos que arrancavam as cabeças do corpo de suas vítimas para usá-la em si mesmo, e também das mortes ambulantes, outro espírito só que esse era negro e possuía um olhar que poderia levar qualquer um ao suicídio.
Não tinham nem idéia de onde estavam se metendo, um leve suspiro cortava suas gargantas e saía em forma de fumaça, todo o ar estava ficando mais denso tudo era silencio.
Quando não conseguiam mais ver nada olharam para o fundo daquela neblina densa e viram dois pontos vermelho sangue que iam aumentando de tamanho e vinha em suas direções.
Clarisse conseguiu ver rapidamente seu irmão e este já havia pegado uma pedra pontiaguda do chão e estava apontando para o peito, num piscar de olhos ela invocou o poder de seu Anel, e fez toda a neblina desaparecer, conseguiu salvar Marcos quando ele estava prestes a cravar aquela pedra no seu peito.
John e Helena mais que rapidamente afugentaram a morte ambulante, mas não foi o suficiente logo os quatro foram rodeados por vários dos dois tipos de espírito mais perigosos do Mundo das Cinco Luas, Marcos já curado do transe faz uma cúpula de areia envolta de seus amigos.
Nisso ouvem uma voz conhecida:
_ Deixem meus amigos em paz _ a voz de Roni cortava aquela cúpula de rocha.
Saíram do escudo de Marcos e olharam para o telhado de uma casa e lá estava ele usando sua Coroa.
_ Roni você está bem?_ disse Helena.
_ Como conseguiu espantar os espíritos?_ perguntou John.
_ Foi fácil, os fantasma daqui temem o fogo_ e ele continua_ Por que me seguiram Celeste disse para mim que eu teria que vir sozinho?
_ Não era a Celeste era a Serena que estava te enganando_ Marcos responde a pergunta de Roni.
_ E como vocês sabem se a que apareceu para vocês não era a Serena.
_Ora porque... porque... a gente tem certeza_ responde Clarisse indecisamente.
_ Mas isso não importa agora, já que estamos juntos novamente temos que desvendar o enigma sendo ele da Celeste ou da Serena_ disse o manda-chuva do grupo.
_ Qual era a pista?_ Roni pergunta.
_ Era mais ou menos assim “Siga para o Norte, ou para onde o nosso coração mandar, dois caminho podem levar a um mesmo lugar, e vamos concluir a prova quando a amizade for maior”.
_ Ah! Então é isso! Vocês seguiram os seus corações até aqui por que a amizade entre nós é maior que a própria Jornada?
Quando Roni falou isso outro Roni apareceu se arrastando por detrás de um casarão:
_ Não acreditem... nela, ela é... a Serena que se transformou em mim.
_ Sua mentirosa, você tentou roubar a minha Coroa e eu te derrotei novamente.
_ E agora quem é o Roni verdadeiro?_ Marcos fala indecisamente.
_ Já sei vamos brincar de Dê um Passo à frente_ diz John bolando um plano.
_ Quer brincar numa hora dessa_ diz Clarisse.
_ Faça o que eu to falando.
Assim os quatro começaram a cantar uma musiquinha:
_ Vamos brincar de Dê um Passo à Frente, que o Roni de verdade de um passo à frente.
Nisso o Roni que estava com a Coroa muda o seu passo, numa velocidade imensa ele leva um chicote de água bem na barriga e quando cai mostra sua verdadeira forma:
_ Como vocês descobriram, eu quem dei um passo à frente?
Para responder essa pergunta o verdadeiro Roni se levanta escorando nas paredes daquela casa velha:
_ No nosso mundo... quando brincávamos di... sso nós cantávamos... qualquer música e no final... falávamos para alguém dar... um passo a frente e esse... estaria fora do jogo.
_ Isso mesmo e agora você está fora do jogo_ John diz com seu Punhal na mão.
_ É o que vocês pesam, hoje descobri que as suas armas têm poderes quase invencíveis e com elas poderei derrotar facilmente todos vocês como fiz com seu amigo.
_ Disse bem, quase invencíveis.
Após John dizer isso, levanta o seu punhal e invoca o seu poder, ao mesmo tempo Serena invoca o poder da Coroa, mas o líder do grupo faz o mesmo ir contra quem estava o invocando, e esta era a Serena que deixa a relíquia cair e foge derrotada.
Após Serena sumir da vista dos cinco jovens, Celeste aparece resplandecente acima dos nossos guerreiros, num passe de mágica cura os ferimentos de Roni e ela fala:
_ Como presente da segunda prova terão a chance de voltar para a sua dimensão tendo assim sessenta e seis por cento de chance de vida, aceitam a proposta ou continuarão na Jornada.
Todos estavam sentindo o peso da responsabilidade em suas costas menos Roni com seu egocentrismo em alta disse sem pensar:
_ Eu aceito a proposta Celeste.
_ O que? E todos os que vivem nesse mundo? Só pensa em você? E nós? Vai nos deixar para trás?_ Helena fala com lágrima nos olhos.
_Venha comigo todos vocês, nunca teremos chances de terminar essa Jornada, com certeza chegarão outros quase mortos tão bons ou melhores que agente.
_ Espera aí o pessimismo é meu, você não tem nada que usá-lo. E como não conseguiremos, nós somos fortes e se formos agora, mais tarde Dom Mortis dominará as duas dimensões_ diz Marcos novamente mostrando que o pessimismo não era a única coisa que ele possuía.
_ É verdade Roni desta vez Marcos esta certo enfrentando ou não esta prova ainda iremos sofrer nas mãos deste tirano, não vá agora nós precisamos de você_ Clarisse diz do mesmo modo que Helena, chorando na despedida do amigo.
_ Pessoal se é isso que ele quer não podemos julgá-lo, mas vai ser melhor se ele for, não precisamos de alguém que não se importa com os outros_ John diz já com um peso enorme na sua consciência.
_ Agora não poderá voltar com a sua palavra, uma vez dito que quer sair deste mundo quando se termina uma das provas sairá sem que ninguém interfira, nem mesmo a pessoa que disse_ diz Celeste comovida com a cena, e continua_ e que assim seja a sua ordem ó Cavaleiro das Chamas, Senhor da Coroa de Chamarion.
Nestas palavras, Celeste abre uma fenda dimensional que o levou direto para o seu mundo ou era isso que os cinco pensavam onde ele estava indo.

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