Conversava com um cachorro
Como quem conversa com gente
O cachorro o olhava
Como quem olha parede
Um olhar penetrante
De companheiro fiel
Um falar atordoante
Da abelha que produz fel
Um falava de sua vida
De seus fatigados dias
O outro olhava para a vida
Como o poeta Gonçalves Dias
Um olhava o horizonte
E o via além dele
O outro falava do horizonte
Como se o limite fosse ele
Este falava com palavras
Que nem ele mesmo entende
Aquele olhava com olhares
Que a todos surpreende
Um olhava a natureza
E a mostrava como em aulas
O outro falava suas belezas
E tentava demonstrá-las
Um queria ser poeta
Mas não fazia por merecer
E o cachorro, coitado,
Era um poeta sem saber.
Como quem conversa com gente
O cachorro o olhava
Como quem olha parede
Um olhar penetrante
De companheiro fiel
Um falar atordoante
Da abelha que produz fel
Um falava de sua vida
De seus fatigados dias
O outro olhava para a vida
Como o poeta Gonçalves Dias
Um olhava o horizonte
E o via além dele
O outro falava do horizonte
Como se o limite fosse ele
Este falava com palavras
Que nem ele mesmo entende
Aquele olhava com olhares
Que a todos surpreende
Um olhava a natureza
E a mostrava como em aulas
O outro falava suas belezas
E tentava demonstrá-las
Um queria ser poeta
Mas não fazia por merecer
E o cachorro, coitado,
Era um poeta sem saber.
Um comentário:
Achei a última estrofe deliciosa!!!
Beijos
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