(este poema é para aqueles que se maquiam e se mascaram escondendo o que na verdade são, ou seja a todos os seres humanos)
Duas pessoas dentro de um corpo
A que eu sou e a que eu quero ser
Enquanto esta eu conheço bem, pois moldo ao meu favor
E é a que você vê, já que a mostro explicitamente
Aquela ninguém nunca viu, uma vez que nunca a mostrei
E nem mesmo eu nunca vi, porque já a escondi de mim mesmo
Sofro esta luta interna
Meu corpo é um terreiro para rinchas de galo
No fim a que eu quero ser
É a vencedora final
Mas aquilo que eu sou
Está guardado dentro de mim, como fera enjaulada
E quando as grades enferrujarem
Até eu temo em nisso pensar
Não sei o que será daquilo que eu quero ser
Acho até que vou me auto-antropofagiar
Um comentário:
Dolorosa e eterna incongruência do ser, jovem escritor! Seu texto demonstra isso claramente. Mas será que, ao "autoantropofagiarmos", conteremos nosso eu-oculto? Ou será que o alimentaremos?
Beijinho pro cê!
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