Numa manhã de domingo
Vi o sol acordar dormindo
Vi a manhã nascer em escarlate
Vi, para poesia, um tema lindo
Sentei na frente de um papiro
Com minha pena de pavão
E um tinteiro logo ao lado
Pus ali minha imaginação
Uma gota de tinta caiu
E só ela sujou o papel
Por mais que eu tentasse escrever
As palavras fugiam de corcel
Que galopava para o longe
Fugiam da obrigação
Eu corria atrás delas
Com os pés a frente das mãos
De tanto correr
Acabei por chegar
Num oceano de areia
E nada tinha para a sede matar
Pensei em usar a pena
Para, um poço criar, naquele deserto
Logo pedras se amontoaram
E vi a esperança ali por perto
Quase pulei dentro do poço
Quando por fim o vi, repleto de vazio
Era só um poço seco
Era como um destino vil
Tão vil quanto sereias
Que atraiam apaixonados para o mar
Que após atraí-los
Só queria os matar
Foi o que aconteceu com as palavras
Que me atraíram para o deserto
Agora que aqui estou
Só resta morrer, de certo
Foi quando eu retornei
Pensei no que havia feito
Decidi contar essa história
E criei o poema perfeito
Vi o sol acordar dormindo
Vi a manhã nascer em escarlate
Vi, para poesia, um tema lindo
Sentei na frente de um papiro
Com minha pena de pavão
E um tinteiro logo ao lado
Pus ali minha imaginação
Uma gota de tinta caiu
E só ela sujou o papel
Por mais que eu tentasse escrever
As palavras fugiam de corcel
Que galopava para o longe
Fugiam da obrigação
Eu corria atrás delas
Com os pés a frente das mãos
De tanto correr
Acabei por chegar
Num oceano de areia
E nada tinha para a sede matar
Pensei em usar a pena
Para, um poço criar, naquele deserto
Logo pedras se amontoaram
E vi a esperança ali por perto
Quase pulei dentro do poço
Quando por fim o vi, repleto de vazio
Era só um poço seco
Era como um destino vil
Tão vil quanto sereias
Que atraiam apaixonados para o mar
Que após atraí-los
Só queria os matar
Foi o que aconteceu com as palavras
Que me atraíram para o deserto
Agora que aqui estou
Só resta morrer, de certo
Foi quando eu retornei
Pensei no que havia feito
Decidi contar essa história
E criei o poema perfeito
3 comentários:
Olá, jovem escritor.
Interessante seu texto, poético e metalinguistico. Muitas vezes, quando queremos escrever, realmente as palavras ficam ariscas, sabemos que estão ali em nossas mentes, mas basta estender a mão para tocá-las que alçam voo. Contudo, também, através dessa busca incessante, sem querer, deparamo-nos com um texto que nem parece nos pertencer... Engraçado, né? Acho que somos hipnotizados pelos vocábulos...rsrs
Beijinho.
Muito interessante esse texto. A metalinguagem é bem marcante, além de referências mitológicas.
A temática é bem interessante, o jogo metafórico que cria com o processo de criação poético por meio da palavra chamou minha atenção.
Parabéns, mesmo, gostei bastante.
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