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ASS: Pescador de Sonhos



segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

O poço seco


Numa manhã de domingo
Vi o sol acordar dormindo
Vi a manhã nascer em escarlate
Vi, para poesia, um tema lindo

Sentei na frente de um papiro
Com minha pena de pavão
E um tinteiro logo ao lado
Pus ali minha imaginação

Uma gota de tinta caiu
E só ela sujou o papel
Por mais que eu tentasse escrever
As palavras fugiam de corcel

Que galopava para o longe
Fugiam da obrigação
Eu corria atrás delas
Com os pés a frente das mãos

De tanto correr
Acabei por chegar
Num oceano de areia
E nada tinha para a sede matar

Pensei em usar a pena
Para, um poço criar, naquele deserto
Logo pedras se amontoaram
E vi a esperança ali por perto

Quase pulei dentro do poço
Quando por fim o vi, repleto de vazio
Era só um poço seco
Era como um destino vil

Tão vil quanto sereias
Que atraiam apaixonados para o mar
Que após atraí-los
Só queria os matar

Foi o que aconteceu com as palavras
Que me atraíram para o deserto
Agora que aqui estou
Só resta morrer, de certo

Foi quando eu retornei
Pensei no que havia feito
Decidi contar essa história
E criei o poema perfeito

3 comentários:

Anônimo disse...

Olá, jovem escritor.
Interessante seu texto, poético e metalinguistico. Muitas vezes, quando queremos escrever, realmente as palavras ficam ariscas, sabemos que estão ali em nossas mentes, mas basta estender a mão para tocá-las que alçam voo. Contudo, também, através dessa busca incessante, sem querer, deparamo-nos com um texto que nem parece nos pertencer... Engraçado, né? Acho que somos hipnotizados pelos vocábulos...rsrs
Beijinho.

Caio Vieira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Caio Vieira disse...

Muito interessante esse texto. A metalinguagem é bem marcante, além de referências mitológicas.
A temática é bem interessante, o jogo metafórico que cria com o processo de criação poético por meio da palavra chamou minha atenção.
Parabéns, mesmo, gostei bastante.