Por que eu sou assim
Não podia ser assado
Outro rumo ter tomado
Ter nascido em outro estado
Por que nasci assim
Com direitos limitados
Os conceitos fracionados
E com regras disfarçadas
Mas a culpa não é minha
Muito menos dos meus pais
A culpa é da sociedade
Que me fez e que me faz
O que eu fiz na outra vida
Pra nascer numa fábrica dessas?
Construtoras de muralhas
Que nem os sonhos atravessam
Por isso tome cuidado
Com o que faz ou que diz
Você não nasceu nessa fábrica
Mas somos do jeito que ela quis.
Um comentário:
Jovem escritor, este seu texto é muito interessante, pois demonstra o como nós, seres humanos, estamos submersos em um mar de ideologias construídas no decorrer da História. Mesmo que nos consideremos originais, livres, independentes, jamais o seremos. Somos um complexo emaranhado de "verdades" em que decidimos acreditar. Não acredito em verdades absolutas, uma vez que acredito na relatividade dos fatos... Somos tristes produtos em massa advindos de sua já nomeada "´Fábrica".
Estou gostando muito de seu lado poesia social. Continue se embrenhando no reino das palavras!
Beijão!
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