Tive tempo de pensar
Quanto tempo viveria
Podia até calcular
De quais mortes morreria
Mas o tempo era a areia
Que corria da ampulheta
Era sangue pela veia
Que um dia secaria
Tenho tempo de escrever
Os meus feitos destes dias
Quando pensei em morrer
Na mão daquelas vadias
Mas o tempo era a pilha
Que funcionava o meu relógio
Era um naufrago numa ilha
Inundado de remorso
Terei tempo de decompor-me
Agora que estou em paz
Não sou mais o mero homem
Que tem tempo e nunca faz
Pois o tempo que era areia
E que minha veia secou
É o mesmo que era pilha
E que na ilha naufragou
Um comentário:
Oi Adriel,
sempre que tiver um tempo vou visitar seu lago, gostei dele. Você tem sensibilidade de poeta para ser um, torço que o mundo lapide bem o que é seu por natureza.
Abs Bia - história
Postar um comentário